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CONGRESSO DO PT
Quando Lula escolheu Dilma como sua preposta, foi com evidente contrariedade que o PT acolheu sua decisão, mas curvou-se diante da obviedade de que Lula é maior que o PT, portanto, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Só que nestes nove meses de governo, pariu-se uma Dilma que não só ousa andar com as próprias pernas, como abre caminho para dar clareza à herança mais que maldita que Lula deixou-lhe, e também ao Brasil: a corrupção como conduta habitual, usual, sacramentada e oficializada por decisões de múltiplas instâncias que absolvem meliantes-políticos ou (se bobearmos) até deixam prescrever processos contra ladrões do erário e quadrilheiros...já que, ao que tudo indica, partem do princípio supraconstitucional de que "contra argumentos, não há fatos" (Nêumanne Pinto).
Em decorrência da insubordinação da preposta, o tema central do 4o Congresso do PT em Brasília será uma crítica à faxina compulsória (que nem bem começou, já acabou) levada à cabo por Dilma que - segundo o documento que norteará o Congresso - não passa de uma "conspiração midiática" insuflada pela oposição, que quer dissolver a base parlamentar do governo. Ora, se a mídia divulgasse fatos mentirosos, seria uma vera conspiração, mas sucede que o PT quer nos obrigar a conviver cegos e mudos em meio a maior sujeira acumulada pelo governo Lula... o responsável por ter transformado o Congresso e governo brasileiro numa casa de "colecionista", termo que define pessoas que, por problemas mentais, acumulam trastes e porcarias quase até o teto de suas residências, tornando o local onde vivem em verdadeiros lixões .
O PT não quer que a oposição se utilize destes fatos para abalar a base parlamentar do governo, ou seja, o PT não admite que a oposição exercite seu papel de oposição. O pior disso tudo, é que políticos ilustres como Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso e até os peemedebista Pedro Simon e Jarbas Vasconcelo s apoiam esta idéia do PT, visto que recomendaram que neste momento não se façam críticas ao governo de Dilma para resguardar a tal "governabilidade". O PT, penhoradamente, agradece.
Mara Montezuma Assaf
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