domingo, 29 de janeiro de 2012

Como eu disse aqui: a mini-serie O Brado Retumbante é o primeiro ato da campanha Aécio Presidente.




Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão

Uma Ação Psicológica consiste em plantar uma informação ou uma estória contextualizada na mídia para criar pré-condições de aceitação na opinião pública para assuntos que interessam ao promotor da ação. Especialistas em tais ações de efeito psicossocial, alguns petistas andam lamuriando que a minissérie “O Brado Retumbante”, recém-veiculada pela Rede Globo, seria uma preparação para a quase certa candidatura presidencial do mineirinho Aécio Neves – o queridinho do pessoal lá da City de Londres -, em 2014.
Os petralinhas podem até ter razão desta vez. A Globo faz nada de graça. Ou sem uma boa segunda intenção. Ainda mais quando ataca no campo político ou ideológico. A ficção elaborada por Euclides Marinho conta a estorinha de um político jovem e mulherengo que assume a Presidência da República como um paladino da ética a enfrentar a corrupção que assola o País. Curioso é que Paulo Ventura tem a “ventura” de assumir o cargo pela morte do Presidente e de seu vice em um desastre de avião. Já pensou um vácuo institucional gerado por acidente? Ficção aceita tudo...

Petralinhas são diabinhos travestidos de anjos que sempre enxergam dente na boca da galinha dos ovos de ouro que eles ajudam a matar. Noves fora o faniquito deles, um detalhe exposto pela novelinha global chama atenção de quem ousa analisar a realidade brasileira. Com os nossos Três Poderes se apodrecendo em velocidade assustadora, ficamos com a impressão de que o Brasil pode caminhar, a qualquer instante, para um vazio institucional. Daí, surge aquela perguntinha feita por qualquer noveleiro: Quem pode ou se credencia para assumir o poder gerado pelo eventual vácuo institucional?

Já temos gente se promovendo para a “venturosa” missão de “Salvador da Pátria”. Alguns nomes saem na frente em suas aparições midiáticas ou nos bastidores políticos. Um deles é o ministro Carlos Ayres Britto, programado para assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal em abril. Ao receber, quinta-feira passada, em Salvador, a comenda J.J. Calmon de Passos por serviços prestados aos direitos humanos, concedida pelo Ministério Público Estadual da Bahia, o supremo magistrado já deu seu “brado retumbante”.

Nessa expectativa, uma coisa é certa. A voz rouca das ruas (como uma vez quis ouvir Fernando Henrique Cardoso) ou o clamor das ruas (nos moldes daquelas marchas com Deus pela Família e pela Liberdade do pré-1964) não mais se manifestam de maneira tão explícita. No máximo, o grito é dado virtualmente. Basta ver o que escrevem as pessoas esclarecidas nas redes sociais da internet. Por que aquela indignação não se transforma em solução? Eis a questão!
Se o brado retumbante é menos importante e improvável (ao menos na proporção barulhentamente sonhada), é preciso valorizar a “obra do retumbante”. Ou seja, a gritaria precisa se transformar em propostas concretas, discutidas democraticamente e capazes de serem implementadas urgentemente, para o aperfeiçoamento institucional do Brasil. A obra do retumbante está muito próxima de virar realidade. Quem sobreviver verá...

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