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Rodrigo Constantino*
Instituto Liberal
“O PT se transformou. A proximidade do poder e a necessidade de continuar no poder, em muitas ocasiões, transformam e transtornam as pessoas. Isso faz uma espécie de viseira em que você só enxerga um tipo de objetivo: 2010 (Agora 2012 e 2014). E tudo tem que estar de acordo para conseguir este objetivo. E aquilo que é importante numa caminhada para se atingir com dignidade, o objetivo fica de lado”.
Essas foram palavras do senador Flávio Arns, que decidiu tardiamente abandonar o PT por questões éticas. Elas poderiam ser resumidas pela constatação que Lord Acton fez no século XIX, na Inglaterra: “O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente”.
Infelizmente, muitos ainda não compreenderam esta fundamental lição. Sonham a cada dia com o ‘messias salvador’, o “bom revolucionário” que vai chegar ao poder e usá-lo de forma correta, sábia e honesta. Doce ilusão!
O alvo deve ser justamente a existência de tanto poder concentrado no Estado. Como Hayek disse, não é a fonte, mas o limite do poder que o previne de ser arbitrário.
Benjamin Constant também tinha chegado a esta conclusão, alertando que é contra a arma e não contra o braço que convém ser severo, ou seja, devemos acusar o grau da força, não os depositários dessa força.
Alimentar a esperança de que algum dia um santo chegará ao poder para fazer milagres é uma tolice. O Estado tem representado uma espécie de ‘deus moderno’ para muitos, que depois não entendem o motivo de tanto abuso de poder por parte dos políticos. Ora, políticos são seres humanos também, e, numa escoriocracia são, normalmente, os da pior qualidade.
Claro que delegar enorme poder a eles será sempre terrível. Como disse o poeta alemão Friedrich Höelderlin: “O que sempre fez do Estado um verdadeiro inferno foram justamente as tentativas de torná-lo um paraíso”.
Em vez de ficar sonhando com o ‘messias salvador’, está na hora do brasileiro acordar para a realidade, criar uma cidadania de melhor qualidade, e abraçar a causa liberal, que luta justamente para reduzir e limitar o máximo possível o próprio poder concentrado no Estado.
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