terça-feira, 31 de janeiro de 2012

COMUNISMO,ESTA PRAGA- TERCEIRA PARTE



Um capítulo interessante e até recente desta malfadada epopéia foi apodado de “Mensalão”, hoje tido até mesmo como suposto e próximo de sua prescrição ante a Lei. A falta de moral dos “mensaleiros”, dos vendilhões, foi aproveitada pelo establishment para tornar possível seus mandos e desmandos. Aqueles que fizeram da “Ética na Política” uma bandeira ao impeachment de um Presidente foram os mesmos que promoveram o “Mensalão”... Cômico seria, caso não fosse trágico.


Desnecessário ter dons mediúnicos ou rompantes de quiromancia para vaticínios, basta entender que a idéia revolucionária é ir acostumando a população à nova ordem institucional até que, sem reação alguma, a nomenklatura se instale definitivamente em todas as esferas de Poder e goze de seus desejados privilégios.

Para desconforto de muitos, afirmo que já vivemos sob grande influência desta manobra revolucionária e, para provar a assertiva, darei alguns exemplos. Vejamos adiante.


Os inúmeros conselhos municipais e similares não fazem parte do que se pode classificar como Democracia Representativa, em verdade são uma versão nhambiquara dos soviets. Quem elegeu os membros de tais conselhos? Por que os conselhos não são coordenados pelas Câmaras Municipais? Este é o órgão legislador de fato! Do contrário, a edilidade recebe, com absoluta razão, a pecha de mera marionete, cujas principais atividades se resumem a nomear logradouros públicos, agir como “despachantes” do clientelismo endêmico e dar guarida ao seu séquito de cabos eleitorais. Estou propondo que a população se cale ante seus anseios? Não! Apenas que se organize e busque seus legítimos representantes, afinal a que serve o voto? Ao legislador cabe, ora, legislar!!! Não há que receber o prato feito de conselhos! Este status quo serve apenas para, no decorrer do tempo, caracterizar os vereadores como inúteis e daí à extinção do Legislativo, nada custa.


Em semelhante situação se encontram deputados estaduais, federais e senadores. Ainda mais os senadores espertalhões, os quais não conseguem sequer entender que ocupam o cargo mais importante de uma república, cedendo à fissura do Poder transitório e egoísta, criando para si vantagens além do absurdo: planos de saúde super-nepóticos, garagistas cujos salários excedem os vencimentos de comandantes de fragatas, inúmeros assessores e verbas acessórias, e assim por diante. Na história recente, os senadores já ouviram de um ex-ministro da Justiça e atual governador sulista, que fazem parte de uma instituição anacrônica, a qual deveria ser extinta. Somente para o registro, a importância do Senado a uma república é tão basilar, que o vetusto estandarte romano apresenta a inscrição SPQR (Senatus Populusque Romanus), ou seja, “(em nome do) Senado e do Povo Romano”.


Mais uma: um dos calibres grossos do poder, senão o maior dentre todos, tem sua dacha no município vizinho. Dacha era o nome dado às casas de campo dos grão-vizires da nova nobreza da nomenklatura do Partido da extinta (apenas pro forma) URSS. Convenhamos, uma trajetória de aumento patrimonial impressionantemente rápida para um “ex-clandestino”, que hoje é lobista, transita de jatinho e “é do povo”. O povo tem, mesmo, muitas casas de veraneio por aí... Uma sugestão: antes de aceitar o discurso de alguém, convém conhecer sua biografia.


De toda esta mixórdia, penso que a instituição que mais mereça cuidado é a Família. É mais que importante protegê-la, rechaçando abertamente e com justo vigor as infelizes palavras do Ministro do Supremo que, agindo de forma anticonstitucional, se referiu à união matrimonial tradicional de um homem e uma mulher como um ato de mero incremento de patrimonial, sem afetividade... Ora, minha Família é meu patrimônio maior, sim, não nego e acresço: tão grande é ele que não se pode contabilizar ou medir em moedas seu valor. Seu valor é transcendente, real e eterno. As palavras do ínclito juiz me ofenderam no cerne e provaram o quão distorcido é seu juízo de valores.


Ameaçam seriamente também a Família, célula social básica, os movimentos pró-aborto e a educação escolar, desde a escola infantil até o ensino superior; os movimentos pró-aborto o são, por óbvio, ainda que travestidos de “católicas pelo direito de decidir” e o ensino escolar, este porque distorcido e sem foco no essencial: os conteúdos programáticos curriculares, salvo honrosas exceções, estão carregados de re-escritura da História e afins, que é feito sempre usando de linguagem, visão e indução ao marxismo, fazendo com que alguns assuntos, que seriam apenas temas de uma grade, passassem à categoria de matérias. Afora isto ser intempestivo no mais das vezes, o tempo é usado para doutrinar crianças, adolescentes e jovens, em vez de ensiná-los o básico em Língua Portuguesa, Matemática, Química, Física, Biologia e Geografia Física (a Geografia Humana é ensinada com muito carinho, sempre mencionando “Luta de Classes”). O ensino se torna uma arma e esta mais poderosa fica quando pais e mães “terceirizam” o processo, entendendo que é a escola que deve educar seus filhos... Enganam-se, papais e mamães, pois a educação dos filhos é de sua responsabilidade, escolas podem colaborar e tem por obrigação bem informar, mas é no seio da Família que a educação tem seu lugar; este tesouro não está disponível à abdicação e por amor e responsabilidade deve ser muito bem guardado por pais e mães.

O texto já está extenso e é hora de seu epílogo e encerramento. Após discorrer sobre esta triste realidade, é justo nominar ao menos um dos principais mentores desta criatura teratológica: o Professor Fernando Henrique Cardoso, o elemento mais gramsciano da História do Brasil, grande vitorioso em seu propósito ao eleger Luís lnácio Lula da Silva como seu sucessor e, pelo andar da carruagem, ajudará bastante o retorno de Lula ao sólio do Palácio da Alvorada.

Quem pretende ajudar na manutenção da tríade Jerusalém, Atenas e Roma não tem espaço na política atual. Muito há que estudar, há que se buscar travar batalhas no campo cultural, a política é somente uma decorrência disto e, para vencê-las, basta mostrar a verdade aos incautos. Isto é simples, porém é custoso e tomará muito tempo. Levará gerações até que haja massa crítica para respostas eficazes, haverá momentos em que a vontade de desistir será avassaladora e, nesta bendita hora, tenha-se por inspiração a Canção do Tamoyo, Últimos Cantos (1851), de Gonçalves Dias: “Não chores, meu filho; não chores, que a vida é luta renhida: viver é lutar. A vida é combate, que aos fracos abate, que os fortes, os bravos, só pode exaltar”.


Embora de forma organizada sejamos poucos, por enquanto, estou certo de que também sejamos uma maioria silenciosa, ainda não plenamente consciente do ardil que se nos preparam, mas seguramente capaz de reagir: basta começar. Perseverantes, haveremos de preservar nosso direito de viver conforme nossos ideais. Logo, à luta!





(*) o autor é politicamente incorreto

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