Vem aí o terceiro mandato do PT, e lá vem a imprensa, essa eterna insatisfeita, perguntar qual é o programa de governo. Pergunta inútil, de resposta óbvia.
O plano é o de sempre: ficar no poder.
Uma informação preciosa passou despercebida no noticiário: a coordenação da transição para o novo governo, em decreto assinado por Lula, caberia a ninguém menos que Erenice Guerra.
Será que os companheiros vão saber montar o novo ministério e estabelecer as diretrizes da administração Dilma sem a regência de Erenice, que partiu para a carreira solo?
É um desafio e tanto. Ninguém suspeite, porém, que o pessoal esteja só comemorando, com a cara cheia e a mente deserta de idéias. Já há medidas novas no horizonte.
A primeira, novíssima, praticamente revolucionária, é a ressurreição da CPMF.
Como ninguém pensou nisso antes? Uma campanha inteira de debates complexos e acalorados, com teses intrincadas sobre o desenvolvimento do Brasil, e não se tocou no ovo de Colombo – o bom e velho imposto sobre transações bancárias.
Nada poderia ser tão eficaz para a aceleração do crescimento da arrecadação petista. Até porque a despesa é grande, e agora os parasitas do PMDB são inquilinos oficiais.
A CPMF virá a calhar. 40 bilhões de reais na veia, limpinhos, sem caixa dois, sugados diretamente da conta do contribuinte – e com a gloriosa desculpa de financiar a saúde. Isso é que é plano de governo.
Em seu discurso inaugural como presidente eleita, Dilma defendeu o controle das contas públicas. Disse que o povo não quer governo com gastos insustentáveis.
Nada melhor que uma CPMF para sustentar a farra toda.
E o povo não poderá reclamar de ter sido pego de surpresa. Quem mandou ficar discutindo o aborto?
Guilherme Fiúza
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