Cumpre notar que, em 2006, o Lula candidato, esquecendo-se de sua condição de Lula presidente, chegou a tratar do PCC em debates, tentando evidenciar o que seria a falência da segurança pública em São Paulo. Em 2010, por incrível que pareça, Dilma Rousseff repetiu a dose, aludindo aos mesmos fatos daquele ano, ignorando que, fosse o índice de homicídios do Brasil igual aos do estado cuja política ela atacava, em vez de 50 mil ocorrências por ano, haveria apenas 17.100; seriam poupadas 32.900 vidas. Em 2006, Lembo — e, por tabela, o então presidenciável, Geraldo Alckimin — foi fustigado pelo jornalismo; em 2010, Cabral está sendo tratado como o líder da resistência.
Não! Eu não me importo de estar na contramão de absolutamente nada! E cumpre ficar vigilante para vermos os desdobramentos. Ao menos umas duas centenas de bandidos migraram da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão; sei lá que outro tanto já estava naquela fortaleza. Qualquer ocupação que não resulte na prisão em massa da bandidagem terá o cheiro inequívoco do acordo.
Se achar que devo, contesto o Vaticano. Imaginem se não contestaria Sérgio Cabral…
Por Reinaldo Azevedo
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