sábado, 27 de novembro de 2010

PT- TOLERANCIA COM O CRIME

 
 
Havia uma diferença importante nos ataques do PCC em 2006: aconteceram em maio, em ano eleitoral, e o cachorros loucos do subjornalismo estavam ativíssimos em todas as emissoras. O candidato era Geraldo Alckmin, e o crime organizado resolveu, digamos assim, fazer campanha eleitoral. No Rio, como se nota, é diferente — e também isso parece não despertar a curiosidade de ninguém. A política de segurança pública foi um dos carros-chefe da campanha eleitoral de Cabral. Foi anunciada como modelo pela então candidata Dilma Rousseff, que prometeu levá-la para todos os cantos do país. Deus n os livre dessa hora!!! Como era uma política que não prendia ninguém, se nacionalizada, talvez a idéia seja exportar bandidos para nossos vizinhos da América do Sul, não é mesmo?
Cumpre notar que, em 2006, o Lula candidato, esquecendo-se de sua condição de Lula presidente, chegou a tratar do PCC em debates, tentando evidenciar o que seria a falência da segurança pública em São Paulo. Em 2010, por incrível que pareça, Dilma Rousseff repetiu a dose, aludindo aos mesmos fatos daquele ano, ignorando que, fosse o índice de homicídios do Brasil igual aos do estado cuja política ela atacava, em vez de 50 mil ocorrências por ano, haveria apenas 17.100; seriam poupadas 32.900 vidas. Em 2006, Lembo — e, por tabela, o então presidenciável, Geraldo Alckimin — foi fustigado pelo jornalismo; em 2010, Cabral está sendo tratado como o líder da resistência.

Não! Eu não me importo de estar na contramão de absolutamente nada! E cumpre ficar vigilante para vermos os desdobramentos. Ao menos umas duas centenas de bandidos migraram da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão; sei lá que outro tanto já estava naquela fortaleza. Qualquer ocupação que não resulte na prisão em massa da bandidagem terá o cheiro inequívoco do acordo.
Se achar que devo, contesto o Vaticano. Imaginem se não contestaria Sérgio Cabral…

Por Reinaldo Azevedo

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