Não há partido de oposição e de situação. Há um partido único a se apresentar ao distinto público com duas roupagens: PT e PSDB. O propósito deste partido único é a implantação de um socialismo de estilo europeu no Brasil.
Fernando Henrique veio primeiro, aplainando o terreno e construindo as fundações. Luiz Inácio veio depois, para construir a reforma MORAL, a imposição da cultura da morte no dizer do Papa Bento XVI - eutanásia, aborto, sexo livre, homossexualismo, pedofilia, conceituar como casamento qualquer união estável com qualquer pessoa, qualquer que seja o sexo dos parceiros, adoção de crianças por casais de mesmo sexo, etc.
Um constrói a base material, o outro a superestrutura cultural. Ambos trabalham para a consolidação do admirável mundo novo laico. Estúpida experiência de engenharia social que pretende construir uma civilização não sustentada por nenhuma religião.
Não é do interesse deste partido único nenhuma ruptura neste pacto. Daí o fechar os olhos para a corrupção, as falcatruas e que tais. O problema, a meu ver, deste arranjo é a dupla natureza do PT: social democrata e marxista-leninista ao mesmo tempo.
Quando Fernando Henrique fez o seu sucessor, Luiz Inácio da Silva, contava com a força das instituições criadas por ele mesmo para barrar as ações do braço marxista-leninista do partido, conduzindo o PT para um centro social democrata, permitindo assim uma longeva alternância de poder entre estes dois iguais que se fingem de diferentes. Aposta alta do nosso sociólogo. As instituições criadas pelo PSDB estão em frangalhos e a ameaça contra a nossa liberdade por parte dos marxistas-leninistas do PT está a bater às nossas portas.
Não sei qual o papel do Serra neste jogo desde 2002. Se é um homem de partido, que se candidata para perder e com isto atingir as metas estratégicas do partido, ou se tem realmente a intenção de competir, mas é vencido pelo acordo oculto entre a cúpula do seu partido - leia-se Fernando Henrique - e a cúpula do partido adversário - leia-se Luiz Inácio da Silva.
Varuzza
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