domingo, 4 de setembro de 2011

REAJA BRASIL



O texto do PT que volta a pregar o controle da “mídia” expõe como nunca a natureza do jogo. Eles até se mostravam dispostos a condescender com a democracia desde que nós não fizéssemos uso efetivo dela. Era como se dissessem: “Nós garantimos a sua liberdade, mas a condição é que não nos incomodem”. Tanto é assim que, não faz tempo, a Executiva Nacional do partido aprovou um documento em que abandonava essa estupidez. Mudou radicalmente de idéia. VEJA decidiu demonstrar que liberdade de imprensa não é uma licença que se pede no cartório partidário, mas um direito garantido pela Constituição, uma fundamento das sociedades livres. Nos limites da lei, não pede licença nem pede desculpas.


Aí não dá! Figurões do partido como Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, e Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, defenderam ontem a “regulamentação da mídia”. Não custa notar que, durante a campanha — e mesmo depois de eleita —, Dilma Rousseff repudiou qualquer forma de controle. Ministros exercem cargos de confiança e falam pela presidente. Chegou a hora de enquadrá-los ou de confessar um estelionato.


Os fascistas de esquerda descobriram o gosto pelo capitalismo, mas não viram graça nenhuma na liberdade, que será sempre a liberdade de quem discorda de nós. Mas vão perder.
É crescente o número das pessoas que lhes dizem: “Não, vocês não podem. Não podem porque estamos aqui”.

Por Reinaldo Azevedo


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