segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sociedade nazista lembra muito a sociedade atual do PT



Acho oportuno  citar trecho do livro “Hitler e os Alemães”, de Eric Voegelin (São Paulo: Ed. É Realizações, 2008), em que há uma passagem interessante e reveladora do estado da sociedade alemã, na época do nazismo. Sem nenhuma intenção subliminar:
“Se, portanto, uma sociedade – agora não o Estado ou a Igreja – estiver em desordem espiritual e intelectual, então este não é apenas um caso na esfera política temporal e da ordem, mas vale do mesmo modo para a ordem da esfera espiritual para ser mantida pela Igreja. Então aparece a proposição de Jaspers, que ele escreveu em seu Die geistice Situation der Zeit (Man in the Modern Age – O Homem na Idade Moderna), de que a formação das elites para a salvação da ordem de um povo é impossível numa sociedade corrupta. Então, a Igreja não é uma elite dentro de um povo que está corrupto em geral, mas participa dessa corrupção. Essa proposição de Jaspers, a propósito foi desenvolvida por Platão e por Aristóteles. Em contraste com esse fato, de que a Igreja e Estado são idênticos em seu papel social, há agora o papel que coube às Igrejas, de representar a ordem espiritual como instituições separadas, mesmo que elas não façam isso.

A corrupção moral, no sentido da corrupção moral e espiritual e intelectual – que se expressas em várias ideologias e na associação ao Partido Nacional-socialista – tornou impossível a democracia, na forma da República de Weimar. Foi assim a ponto de no final da República de Weimar termos um bloco majoritário – ou seja, os ideólogos radicais de esquerda e de direita, comunistas e nacional-socialistas, tinham a maioria no Reichstag; entre eles, o centro democrático era impotente. A impotência política e falta de discernimento dos democratas é ela mesma um componente do estado geral de corrupção que se expressava nas alas ideológicas de esquerda e de direita e em suas lutas de partido pelo poder.

Essa desintegração na esfera temporal da ordem social levou então à desintegração de todos os partidos depois da ascensão de Hitler ao governo. Ou seja, na esfera político-temporal não havia mais representantes que pudessem expressar-se publicamente para tomar uma posição contra o nacional-socialismo. Uma vez que uma representação política de oposição ao regime já não existia depois de este ter chegado ao poder, a Igreja foi deixada como representação da ordem espiritual do homem. Era um remanescente da representação do homem contra o nacional-socialismo e, a partir dessa situação estranha, coube a ela o papel de defender e manter os interesses e a dignidade do homem.

Entretanto, a Igreja não podia satisfazer essas demandas. As Igrejas não foram capazes de defender a dignidade do homem – não apenas de defendê-la com sucesso, mas sequer defendê-la – porque eles próprios, leigos e clérigos, também foram participantes dessa corrupção, mesmo que num grau menor que o dos próprios nacional-socialistas. A Igreja foi incapaz de lidar com a situação de uma sociedade desumanizada porque a perda da realidade já acontecera dentro da própria Igreja. ...” (p. 209/210).

No mais, quanto a hipótese da prevalência do positivismo jurídico sobre o jusnaturalismo – acho que a coisa é muita mais séria e perversa, pois vivemos sob o cancro, digo, manto do relativismo jurídico (a) (i) moral, esse sim, a ‘fórmula’ perfeita para eliminar as amarras do Direito “burguês”.

A propósito o sr. Da Silva antes de ser eleito foi candidato várias vezes (3). Não tinha carisma; somente foi eleito depois de ser formatado e embalado na base de 'Armani', vinho francês e outras 'cositas marketeiras'. O pseudo carisma e a seguir o mito foi promovido pela intensa exposição à mídia, regada a muita propaganda no Brasil e no mundo. Com a Constituição 'reformada' pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso foi reeleito; e ainda para o terceiro mandato, bancou a candidatura da dona RUSSÉV (Dilma Vana Русев Russév Linhares).

Pero, para concluir profeticamente: “Deus permite que os perversos triunfem, porém em dado momento Ele dá um basta.” JACQUES-BÉNIGNE BOSSUET (1627-1704).

FELIZ 2012.

Rivadavia Rosa

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