O animador de palanque, o animador de TV, o Pai dos Pobres e a Mãe dos Ricos
O presidente Lula alega que não há como melhorar a saúde dos brasileiros sem os R$ 40 bilhões anuais da CPMF. Falta o dinheiro que sempre aparece quando um amigo do governo precisa. Para tirar da UTI o Banco Panamericano, por exemplo, o animador de palanque ajudou o animador de auditório Sílvio Santos a conseguir um empréstimo de bom tamanho: R$ 2,5 bilhões. São 4,9 milhões de salários mínimos.
Tal quantia teria permitido ao Pai dos Pobres a construção de 41.667 mil casas populares, ou a distribuição de 12,5 milhões de bolsas-família. A Mãe dos Ricos não viu nenhum exagero no socorro financeiro que contemplou Sílvio Santos. O Pai e a Mãe, claro, juram que nem tocaram no assunto no recente encontro com o homem do baú. Os colegas devem ter-se limitado à troca de ideias sobre a arte de lidar com plateias amestradas. Ou sobre o truque que reduz agressões ao adversário político a um arremesso de bolinha de papel.
O dinheiro é de outros bancos, recita o presidente que nunca tem nada com isso. Faz de conta que Lula só entrou na história como fiador simbólico, interessado em apressar o final feliz do negócio. Já é mais que suficiente para garantir a gratidão do dono de outra emissora de grosso calibre. O SBT tem pelo menos dois bilhões e quinhentos milhões de motivos para incorporar-se à grande rede verde e amarela controlada pelo Palácio do Planalto.
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