segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

NOVAS DO ESTADO BABÁ nazi-petralha





por Flavio Morgenstern



Enquanto vamos vivendo nossa vidinha, uma turma da pesada está trabalhando arduamente para controlar nossas vidas: decidir o que comemos, quais valores devemos ter, o que assistimos na TV, em que horário, o que lemos, o que ouvimos, o que fumamos, o que vestimos. Quer dizer, até agora não votaram nada na Câmara – segundo diagnóstico de Romário (PSB-RJ), aquele que sempre fugia dos treinos, se diz ‘puto’ e pede ‘alguma porra pra fazer’ em Brasília. Agora tem Carnaval, então não há nenhum burocrata estatal cuidando de pensar em leis para nos proteger. Quer dizer, mais ou menos. O Estado Big Brother é tão repetitivo que há sites oferecendo projetos de lei prontos para vereadores comprarem. Quem precisa de um vereador, se podemos apenas decidir tudo na porrinha?



Esse é um lado da social-democracia (ou “Estado de Bem-Estar Social”, quando precisam de um nome pomposo em extenso para dar a entender que é um conceito etéreo e inalcançável, e não atentar para o fato de que já vivemos em uma social-democracia há tempos e é isso aí mesmo) que os românticos com a idéia insistem em nunca enxergar. Mais Estado controlando “desigualdade” e outros que tais significa, é claro, mais leis controlando a população para ela não fugir da linha. E se diferenciar muito do seu vizinho já é um risco bem alto. Quem decide? O poder maravilhoso do Estado. Mas como ‘Estado’ é uma abstração coletiva, o fato é que quem decide o que ler, ver, assistir, comer e fumar são burocratas. Vereadores, deputados e outra turma que entende tanto sobre a vida quanto um padre entende sobre sexo (sob corruptela de Paulo Francis).



Em livro recentemente lançado no Brasil, o hilário e obrigatório O Estado Babá: Como radicais, bons samaritanos, moralistas e outros burocratas cabeças-duras tentam infantilizar a sociedade, o colunista David Harsanyi mostra como uma população cada dia mais informada e com um padrão de vida cada geração melhor que a passada (pense na sua infância, na do seu pai, do seu avô e, depois, na do seu filho) está sendo tratada como retardada pela turma que depois dá entrevistas começando as respostas por “No meu governo…”.

“(…) Embora tragicamente mal utilizado, o bom senso é uma habilidade cerebral tão valiosa quanto qualquer outra. É também um dos melhores recursos – embora não seja o único – para farejar uma lei-babá: você identifica quando vê. O autor de sátira política P. J. O’Rourke uma vez descreveu os princípios básicos da administração em uma sociedade livre como: ‘Pense em sua própria empresa. Contenha-se’.”


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