sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O QUE VIRÁ APÓS ESTA ILHA MALDITA?




A História de Cuba é meio estranha. Até 1898, a ilha era colônia da Espanha que, depois de perder a guerra com os EUA, reconheceu a sua independência, e Cuba passou a ser governada por uma junta militar que defendia os interesses dos americanos. Em 1902, foi proclamada a república, mas o governo dos Estados Unidos, através da Emenda Platt à Constituição da República, tinha o direito de intervir nos assuntos internos de Cuba, negando-lhe a condição jurídica de nação soberana, situação que durou 58 anos.


Durante esses 58 anos, Cuba foi o play ground dos americanos endinheirados que praticamente sustentavam o país que, apesar da corrupção, jogatina, drogas e prostituição correndo soltos, tinha uma das maiores rendas per capita da América Latina, em que pesasse a tremenda desigualdade social e a estrutura econômica similar àquela dos tempos de colônia espanhola, baseada na exportação de açúcar.


Em 1959 apareceu Fidel Castro e virou tudo de ponta cabeça, menos a estrutura econômica, que continuou tendo como pilar o cultivo de cana, e Cuba só sobreviveu durante os 32 anos seguintes graças às exportações de açúcar superfaturadíssimo para a antiga URSS que, encantada com a proximidade física de um regime comunista com os EUA, sustentava os burros a pão-de-ló.

De 1991 para cá, com a pulverização da URSS, instalou-se o miserê na ilha e, se não fosse Chávez, eleito presidente da Venezuela em 1998 e tiete declarado de Fidel, Cuba já teria acabado. É claro que também não se pode desprezar os “empréstimos” generosos do BNDES do PT, que jamais serão pagos. Alguém tem notícia de Cuba ter pago alguma coisa a alguém?


Posto isto, eu pergunto: qual será o futuro de Cuba, se Fidel Castro já bateu biela e seu irmão, Raul, já passou da garantia? Quem virá depois? O que virá depois? Qual será o futuro de um país onde nunca se trabalhou e que sempre foi habituado a viver de esmolas?
Por Ricardo Froes

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