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Leio os jornais ou vejo e ouço os telejornais e deparo-me com as seguintes notícias: João Paulo Cunha (PT-SP), réu em processo do mensalão, foi eleito para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Câmara dos Deputados. Paulo Maluf (PP-SP), notório mega corrupto, procurado pela Interpol; Valdemar Costa Neto (PR-SP), também réu em processo do mensalão, e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), este réu naquele que ficou conhecido como o mensalão mineiro, entre outros ilustres ladrões de casaca do dinheiro público, foram escolhidos para integrar a comissão que irá tratar da reforma política. Por onde anda numa hora destas a CGU (Controladoria Geral da União), respeitável órgão do Governo Federal, responsável pela defesa do patrimônio público e incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria? Por onde anda o órgão que, à época em que foram feitas as denúncias sobre os “atos secretos” assinados pelo, “acima do Bem e do Mal”, todo poderoso, senador José Sarney, optou por não se manifestar?
Alô CGU, teremos aí felpudas raposas a tomarem conta de alguns importante galinheiros do legislativo republicano (CCJ e Comissão da Reforma Política). Por onde andas numa hora destas, na condição de insigne e honorável bastião da defesa do patrimônio e do bom uso do dinheiro públicos, do incremento da transparência de gestão e da prevenção e combate à corrupção? Ou só mostras tuas ações sobre o cidadão comum, como ocorreu com um amigo que, ocupando, é bom que se frise em horários plenamente compatíveis, dois cargos remunerados no serviço público, foi compelido pelo órgão fiscalizador e regulamentador a pedir demissão de um deles, para que estivesse em conformidade com o artigo 37 da Constituição Federal, que, no seu caso específico, o proibia de exercer cumulativamente ambos os cargos?
Meu amigo estava em situação irregular, tendo sido, pois, correta a ação da CGU, como foi igualmente correto o processo apurativo da entidade que culminou com a expulsão de mais de três mil servidores públicos federais por práticas ilícitas, entre 2003 e 2011. Mas porque razão apenas e tão somente sobre os ombros do cidadão comum pesa a mão forte da legalidade? Por que são tratados de forma diferente direitos e deveres entre cidadãos comuns e ocupantes de cargos públicos?
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