Jose Ortega y Gasset delineia o fenômeno característico da atualidade. No seu livro "A Rebelião das Massas", o filósofo espanhol descreve com maestria uma das fontes dos maiores problemas da humanidade nos últimos séculos.
É a entrega ao fenômeno do homem-massa que abriu portas ao nazismo, ao comunismo e à todas as formas de coletivismo imbecil que observamos por aí.
O problema não é a mediocridade em si mesma. Se em alguns aspectos lutamos para progredir, para melhorar, sabemos que diariamente precisamos conter nossas falhas. Falhas estas que por força quase que metafísica nos empurram para a entropia. O problema é estabelecer a mediocridade como parâmetro, é se entregar à entropia como estilo de vida...
O Homem-Massa :"É todo aquele que não dá valor a si mesmo, para bem ou para mal, por razões especiais, mas que se sente 'como todo mundo', e, apesar disso, não se angustia; se sente bem ao sentir-se idêntico aos demais."
"A característica do momento é que a alma vulgar, sabendo que é vulgar, tem a coragem de afirmar o direito da vulgaridade e o impõe a toda parte."
"A massa atropela tudo o que é diferente, egrégio, individual, qualificado e seleto. Quem não seja como todo o mundo, quem não pense como todo o mundo, corre o risco de ser eliminado (...). Agora, todo mundo é só massa."
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