segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

OS IDIOTAS NO PODER- AUGUSTO NUNES



Há um ano, ao fim de um passeio de helicóptero pela Região Serrana do Rio, Dilma Rousseff prometeu fazer amanhã o que Lula jurou ter feito em 2005, solidarizou-se com as famílias assassinadas pela incompetência do Planalto e do governo estadual e elogiou o comparsa Sérgio Cabral. O governador devolveu o elogio, agradeceu a Lula por oito anos de providências imaginárias e debitou o massacre premeditado na conta dos antecessores, de São Pedro, do imponderável e dos mortos.
Ambos foram desmoralizados por Luiz Antonio Barreto de Castro, demissionário do cargo de secretário de Políticas e Programas do Ministério de Ciência e Tecnologia, durante um depoimento no Congresso. Castro encerrou a conversa fiada com seis palavras: “Falamos muito e não fizemos nada”. O espetáculo da inépcia foi reapresentado ao longo de 2011, sob o silêncio obsequioso da oposição partidária. A idiotia é pluripartidária.

Mas há limites até para a cretinice, precisa aprender o governador Sérgio Cabral. Nesta segunda-feira, ele voltou a comparar o que houve na Região Serrana em janeiro passado com a passagem do furacão Katrina por New Orleans em 27 de agosto de 2005. Se Nova Friburgo fosse atingida por um furacão de categoria 5, nível máximo na escala de Saffir-Simpson, não sobraria ninguém para contar a história. Se New Orleans fosse castigada por uma chuva torrencial de 20 horas, só morreriam os que resolvessem suicidar-se por afogamento. A menos que o prefeito da cidade fosse Sérgio Cabral: quem faz de conta que temporal é furacão não precisa de mais que uma enxurrada para produzir outra tragédia.


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