terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Nova ministra volta a defender legalização do aborto e compara a prática a “crack, drogas, dengue, HIV e doenças infecto-contagiosas”
Reinaldo Azevedo
Uma das características principais, se não for a principal, dos defensores da legalização do aborto é a DESUMANIZAÇÃO DO FETO, a transformação da VIDA que está no ventre da mulher em COISA, para que ele possa ser então, sugado, curetado. É um modo de pensamento que tem história.
Dilma Rousseff, antes de dar aquele truque nos eleitores e ter se tornado católica e contrária à legalização do aborto, era a favor. Deu inúmeras entrevistas. No dia 14 de maio de 2010, em Brasília (ah, a memória, esta minha amiga!!!), ao fim da chamada “Missa dos Excluídos”, que costuma juntar católicos de esquerda (!?), a então candidata do PT deu está declaração maravilhosa sobre o aborto:
“Não é uma questão se eu sou contra ou a favor, é o que eu acho que tem que ser feito. Não acredito que mulher alguma queira abortar. Não acho que ninguém quer arrancar um dente, e ninguém tampouco quer tirar a vida de dentro de si”.
Entenderam? Embora, numa distração, Dilma considerasse que o feto é uma “vida dentro” da mulher, ela defendia o aborto. Ao procurar uma imagem para explicitar o seu pensamento, encontrou: “Ninguém quer arrancar um dente”! Assim, feto e dente se equivalem. As palavras fazem sentido.
Os cristãos, inicialmente os evangélicos e depois os católicos, não gostaram das opiniões da candidata. A questão pegou fogo na campanha eleitoral, e a petista virou, então, religiosa. Eleição ganha, Dilma pode retomar o velho projeto. Por isso nomeou para a Secretaria das Mulheres Eleonora Menicucci, ex-colega de armas — integrou o grupo terrorista POC (Partido Operário Comunista). Consta que Dilma não pegou no berro propriamente; Eleonora pegou.
Ontem, esta senhora já discorreu sobre o aborto. E voltou a fazê-lo nesta terça. Sua declaração é de embrulhar o estômago daqueles que não se deixam embrulhar pela trapaça intelectual. Leiam:
“O aborto, como sanitarista, tenho que dizer, ele é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica. Como o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas.”
Como é que é? “Como sanitarista”, então, ela decreta que “não é uma questão ideológica”, mas “de saúde pública”? E sua autoridade para decretá-lo decorre do fato de ser “sanitarista”? Então se deve concluir que:
- o aborto é uma mera questão sanitária:
- todos os sanitaristas são necessariamente a favor do aborto como medida de pura higienização.
Os nazistas não afirmariam nada mais, como direi?, preciso a respeito. Se há alguma dúvida sobre o que ela pensa a respeito do feto, a dúvida se desfaz ao seguir os passos da chefe e tentar tornar mais claro o conceito. A outra comparou o “feto arrancado” ao “dente arrancado”. Dona Eleonora resolveu ficar na sua área e mandou brasa: o aborto não é uma questão ideológica, assim como não o são “o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas.”
O aborto não é mais como um dente arrancado.
O aborto é como o crack e as drogas.
O aborto não é mais como um dente arrancado.
O aborto é como o mosquito da dengue.
O aborto não é mais como um dente arrancado.
O aborto é como o vírus HIV.
O aborto não é mais como um dente arrancado.
O aborto é como as doenças infecto-contagiosas.
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